sábado, maio 30, 2015

Três poemas de Júnior Fernandes


NO VALE DA SOMBRA DA MORTE

No vale da sombra da morte,
Espreitaram-me meus inimigos.
Mas me refugiei em Ti,
e descansei das lanças atiradas.
Em meio aos lobos, 
tua vara e teu cajado me protegem.
Diante deles me alimento de um banquete,
e minha taça transborda
enquanto sou ungido com teu óleo.
No vale da sombra da morte,
bondade e misericórdia serão meu broquel.             


O AÇO DOS CRAVOS

Os nervos rompidos e a carne rasgada
da palma das mãos...
O sangue pascal cintila no aço dos cravos,
percorrendo o madeiro em gotas de agonia e Salvação.


A ANGÚSTIA MAIS ANGUSTIANTE

Todos, solenemente, ceavam.
O espírito de comunhão e alegria,
envolvia o ambiente fraterno,
até saltar do peito do Mestre a possibilidade do vir a ser.
Não se segurando, revela: “o que hás de fazer, faze-o logo”.
Começa o calvário da aflição,
e daquilo que Kierkegaard o definiu como a angústia mais angustiante,
sacramentada com um beijo no rosto.


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