sábado, março 24, 2012

Dois poemas de Valquíria Oliveira Calado




Minha cabeça é um mar de muitas ondas
Grandes turbulências me arrastam de um lado para o outro.
Não vejo porto, não vejo farol, tudo a minha frente é vazio.


Nessa grande dimensão me perco no entendimento,
na introdução do imaginável na realidade, o confronto!
Além do que entendo, na utopia do que creio,
e na chegada o tão inesperado do que não quero.


O que quero para mim, é o mesmo que desejo a você,
mas sem que eu perca meus valores e meu sonho de felicidade.
Por que tudo que tenho é o sonho,
o profundo desejo de paz e amor.


Tenho me esvaído tentando estabelecer meus sonhos
dentro d'uma realidade cruel e sem valores,
na torpeza da indignidade, na libertinagem do mundo atual,
sem valores morais, sem amor ao próximo, sem considerações.


Eu sou alguma coisa constituída de um passado já não consistente,
sou uma pessoa que ama com profundidade e com inteireza de coração.


E o que sou não mais é aceito por aqueles que não querem uma vida completa. Agora a moda é ser de todos e pertencer a tudo, sem compromisso e sem entrega, fagulhas de um fogo extinto.
Uma abominação aos olhos de DEUS, viver sem considerar leis, compromissos, e amor.


Então medito nesse mar de decepção, onde todos querem "parecer" bons, certinhos e retos, mas não são como dizem, nem fazem o que proclamam.
Levaram muito a sério o faz-de-conta virtual, e perdem-se na ilusória emoção de ser o que não são.


Penso no perigo da esquizofrenia virtual, no engano que fere almas, nas consequências reais, e na forma não ainda revelada de como consertar as vidas que por solidão, carência ou mesmo por paixão de um coração desocupado e sonhador, se deixam levar pelas ondas da incerteza, podendo naufragar a qualquer momento;
Sem deixar para trás ninguém lamentando ou com remorso.
É esse o perigo de amar, relacionar-se virtual*mente.




Assim como os pássaros eu sigo, buscando as cores do horizonte, embriagada com as nuances, oscilo as vertigens das curvas do viver.

Em algumas quedas, quando prostrada rogo aos céus piedade e força para levantar, recebo asas, decolo num voo suave acima das nuvens escuras. 

De lá vejo luz, resplandecente, que me dá força, e sinto, que tenho que seguir... Prossigo crendo que cada passo e cada queda terá sua recompensa.

Portanto alimento o dom maior, o de amar.
Levanto meus olhos mais uma vez, e ando rumo ao crepúsculo de ouro que doura meus sonhos.

O que me dá esperança é saber que lá o encontrarei, sorrindo, de braços abertos a me esperar. 

E quando receber tudo que sonhei, acalmar-se-á o meu coração, e não mais navegarei em tempestades, nem voarei entre tormentas.

Poderei exaltar o amor, com toda sua essência e profundidade. Cantarei louvores de júbilo nos altos céus, por que Deus cumpriu suas promessas em meu viver.

Levantarei dos joelhos e me colocarei de pé, levantarei minhas mãos em adoração e agradecimento, à Sua Fidelidade e ao seu amor imensurável.

Assim diz o Senhor, é chegada a hora da tua Salvação. Amém, amém. Glória a Deus por tudo, por Seus caminhos, sim eles são de retidão, perfeitos aos meus pés. 



Visite o blog da autora: http://hanukkalado.blogspot.com.br/

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